Cigarrinha do milho preocupa produtores

Dalbulus maidis está presente em diversas regiões brasileiras

Uma das culturas mais importantes da produção agrícola brasileira vem enfrentando uma praga que tem deixado os produtores apreensivos. A Dalbulus maidis, também conhecida como cigarrinha do milho, é um inseto vetor de doenças, específico da cultura do milho, e muito presente em áreas de cultivo sucessivo do cereal.

Além de causar danos diretos à cultura, essa praga ainda transmite de forma sistemática dois mollicutes (corn stunt spiroplasma – CSS / maize bushy stunt phytoplasma – MBPS) e um vírus (maize rayado fino marafivirus – MRVF), que são responsáveis por perdas significativas no milho.

O problema começa quando a cigarrinha infectada, ao sugar a planta, transmite algumas doenças que afetam o desenvolvimento do milho. Os primeiros sintomas aparecem nas folhas e logo o desenvolvimento da cultura é interrompido. “As perdas variam e dependem da susceptibilidade das cultivares utilizadas, do patógeno envolvido e das condições ambientais. O problema é que, depois de estabelecida, não é possível controlá-la, ou seja, os produtores precisam eliminar o vetor, que é a cigarrinha”, explica Marco Cunha, gerente de Produtos Inseticida e Fungicida da Ourofino Agrociência.

Cunha explica que o problema vem crescendo em função da expansão da área plantada de milho no país, que conta ainda com uma temperatura propícia para o seu desenvolvimento. Outros fatores, como a utilização de irrigação, permitem a realização de sucessivos cultivos em praticamente todas as regiões, contribuindo para o aumento da incidência da cigarrinha. “O aumento da proliferação do inseto se deve, também, pela disponibilidade de alimento, que se dá, principalmente, pelo cultivo sucessivo de milho e o manejo inadequado de plantas tigueras”.

E engana-se quem pensa que o problema se concentra em uma única área. Luis Henrique Barbosa Kasuya, engenheiro agrônomo e consultor, aponta que as localidades com maior intensidade de enfezamento são o oeste da Bahia e Goiás, sendo que em Mato Grosso, Piauí, Maranhão e Tocantins o vetor já foi encontrado. “A incidência das doenças está associada à alta densidade populacional de insetos infectivos. A cigarrinha é uma praga de difícil controle e seu manejo é de alto custo devido à sua grande mobilidade”, afirma.

Entre as doenças causadas pelas cigarrinhas destacam-se o enfezamento vermelho (causado por fitoplasma), o enfezamento pálido (causado por espiroplasma) e rayado fino (ocasionado por um vírus).

Para dificultar ainda mais o seu manejo, a cigarrinha do milho pode ter até seis gerações em um único ano. Para combatê-la, especialistas recomendam ações como evitar a semeadura de milho próxima à plantas mais velhas, sincronizar a época de plantio na região, realizar rotação de culturas, eliminar plantas voluntárias de milho (tigueras), tratar as sementes com inseticidas para controlar a cigarrinha e, em locais com alta incidência da doença, interromper o cultivo do milho.

“A equipe de pesquisa e desenvolvimento da Ourofino Agrociência vem trabalhando em conjunto com consultores renomados e instituições de pesquisa para poder fazer uma recomendação mais assertiva para o controle da praga. Paralelo a isso, trabalhamos com nossa equipe regulatória para que em um curto espaço de tempo possamos oferecer produtos registrados para o manejo da cigarrinha. Nossos produtos, além de alta eficiência, contarão com toda a tecnologia empregada dentro do novo conceito da empresa, que remete às necessidades da agricultura brasileira”, observa Marco Cunha.

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