Ácaro-da-leprose

(Brevipalpus phoenicis)

O ácaro da leprose é considerado uma praga-chave no cultivo das culturas de café e laranja em razão dos danos causados à produção, gerando perdas e prejudicando a vitalidade das árvores. Essa praga é o vetor de uma das principais doenças da citricultura, a leprose, e também pode causar dano à estrutura e vitalidade da planta, além da queda prematura das folhas e frutos e a seca de ramos.

No território brasileiro, o ácaro da leprose foi identificado pela primeira vez em 1933 e, desde então, tem causado prejuízos em lavouras dos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Ceará e Pernambuco.

Nome científico: Brevipalpus phoenicis

Nomes populares: ácaro-da-leprose

Danos: o ácaro-da-leprose transmite uma das principais doenças da citricultura, a leprose, ocasionando lesões na planta e a queda dos frutos, Além disso, as árvores atacadas têm vida útil reduzida.

ácaro da leprose leva a queda prematura dos frutos

Principais culturas do ácaro-da-leprose
(Brevipalpus phoenicis)

ícone-citus-ácaro-da-leprose

Citrus

ícone-café-praga-ácaro-da-leprose

Café

Principais características do ácaro-da-leprose
(Brevipalpus phoenicis) e sintomas da doença

O ácaro da leprose se caracteriza por um corpo achatado, com duas setas sensoriais e quatro pares de pernas.  Ele possui coloração alaranjada, com manchas escuras que variam conforme a temperatura, alimentação e idade da praga. As fêmeas medem aproximadamente 0,30 mm de comprimento por 0,16 mm de largura. Os machos, que representam 1% da população, são um pouco menores e têm a extremidade posterior do corpo mais afilada.

Na cafeicultura, o ácaro da leprose (Brevipalpus phoenicis) causa lesões nos frutos de formas irregulares, começando pela cor marrom claro e atingindo tons mais escuros, quando demais fungos passam a atacar a planta através da lesão.

Nas folhas, os sintomas podem ser identificados de algumas formas, com lesões em formato de pontos com coloração amarelada, lesões em forma de anéis também de cor amarela ou até mesmo com manchas irregulares seguindo a nervura das folhas.

Com todas essas lesões, a desfolha ocorre de forma acentuada, diminuindo a capacidade de fotossíntese das plantas e assim causando a queda de produtividade da planta.

Na citricultura, o ácaro da leprose (Brevipalpus phoenicis) é conhecido por causar lesões na planta, possibilitando a queda dos frutos. Além disso, as árvores atacadas têm a vida útil reduzida.

Ciclo de vida do ácaro-da-leprose
(Brevipalpus phoenicis)

O ciclo de vida do ácaro da leprose varia de acordo com as condições climáticas. Em torno de 17 dias em períodos de calor e até 35 dias em temperaturas baixas. Sua reprodução concede quatro estágios ativos (larva, protoninfa, deutoninfa e adulto) e outros quatro imóveis ou quiescentes (ovo, protocrisálida, deutocrisálida e teliocrisálida).

Os ovos apresentam coloração alaranjada com consistência mole e bastante adesiva. Em poucos minutos exposto ao ar, o ovo passa para o estágio larval, tornando-se firme e brilhante. Posteriormente, iniciam-se os estágios de ninfa que dão origem aos adultos.

A reprodução do ácaro-da-leprose (Brevipalpus phoenicis) em sua maioria ocorre por partenogenese telítoca, onde fêmeas não fecundadas darão origem a apenas fêmeas. O ácaro se faz presente o ano todo nos cultivos, com picos populacionais em épocas de menor fluxo pluviométrico.

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ciclo de vida do ácaro da leprose

Como realizar o manejo do ácaro-da-leprose?
(Brevipalpus phoenicis)

  • Monitoramento:

O monitoramento é uma ação fundamental para embasar a tomada de decisão para o controle desse ácaro. Por isso, para estimar o nível de infestação da praga no talhão o monitoramento amostral deve ser realizado a cada 7 ou 10 dias.  Recomenda-iniciar o manejo em plantas que apresentam a presença do ácaro em 3 a 5 frutos, ou na ausência de frutos nos primeiros 30 cm de ramos. O aumento na quantidade de amostragem e a porcentagem de plantas amostradas por talhão ajudam a reduzir os erros na estimativa da infestação.

  • Adensamento dos pomares:

O adensamento entre linhas de plantio dificulta a cobertura dos acaricidas, pois, a copa das plantas fica muito próxima aos bicos de pulverização, algumas vezes, chega a encostar nos bicos, ocasionando uma cobertura desuniforme da calda aplicada, o que deixa as áreas da copa sem o acaricida. Além disso, o adensamento dos pomares na linha de plantio dificulta a passagem dos inspetores da praga, dificultando o monitoramento da praga nos pomares.

  • Tecnologia de aplicação:

A tecnologia de aplicação é essencial para alcançar o controle eficiente do ácaro da leprose. Dessa maneira, recomenda-se que o acaricida seja aplicado em uma boa deposição e cobertura acima de 50% sobre os frutos, ramos e folhas localizados internamento na planta e por toda a copa da planta (saia, meio e topo).

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Para contribuir com o manejo de ácaros, a Ourofino destaca o Esteio ®, novo produto da companhia desenvolvido para o controle de ácaros nas culturas de citrus, café e tomate. O produto é capaz de quebrar o ciclo de vida das principais espécies com apenas uma aplicação.

Além disso, o Esteio ® possui diversos benefícios, como a baixa solubilidade em água e ação ovicida, que evita o aparecimento de novos ácaros. Inclusive, o acaricida possui forte ação lipofílica, o que permite uma melhor interação do produto com a camada cerosa da folha, possibilitando melhor distribuição do produto sobre a planta.

Produto para controle do ácaro-da-leprose
(Brevipalpus phoenicis)

Esteio ®

Culturas:
Café |Citrus |Tomate |
Ingredientes Ativos:
Espirodiclofeno