Cigarrinha-das-raízes

(Mahanarva fimbriolata)

Conhecida popularmente como cigarrinha-das-raízes, a Mahanarva fimbriolata é uma praga de grande importância econômica na cultura da cana-de-açúcar. O inseto apresenta enorme potencial de dano e, em condições de altas densidades populacionais, pode causar perdas de até 80% na produtividade dos canaviais. Além disso, existe o risco de contaminação no processo industrial, por conta da deterioração da cana no campo.

Nos últimos anos, a ocorrência dessa praga tem aumentado significativamente. Um dos fatores que contribuem para o crescimento populacional do inseto é a consolidação da colheita mecanizada. Esse método de retirada da cana deixa acúmulo de palha e ajuda a manter a umidade no solo, favorecendo o incremento da população da cigarrinha. Outros itens como histórico populacional da área, manejo realizado, variedades de cana mais suscetíveis e época de corte, também favorecem a infestação da cigarrinha.

Nome científico: Mahanarva fimbriolata

Nomes populares: cigarrinha-das-raízes, cigarrinha-da-cana

Danos: As ninfas produzem uma espuma na base dos colmos da planta (raízes superficiais) onde se alimentam e se mantém protegidas até atingirem a fase adulta.

Principais culturas da cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata)

Pastagem

Cana-de-açúcar

Milho

Principais características da cigarrinha-das-raízes
(Mahanarva fimbriolata)

Os insetos adultos da Mahanarva fimbriolata medem cerca de 10 a 12 milímetros de comprimento. A diferenciação entre machos e fêmeas ocorre principalmente pelo tamanho e coloração dos insetos. De maneira geral, os machos são menores e de coloração avermelhada, já as fêmeas são ligeiramente maiores e possuem coloração mais escura.

O primeiro ciclo da praga ocorre nas épocas mais úmidas, as fêmeas depositam os ovos em regiões próximas aos colmos da planta. Os ovos são fusiformes e amarelados e ao eclodirem dão origem as ninfas que medem aproximadamente 1 milímetro de comprimento. As ninfas produzem uma espuma na base dos colmos da planta, as raízes superficiais, onde se alimentam e se mantém protegidas até atingiram a fase adulta.

Ciclo de vida da cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata)

O ciclo de vida da cigarrinha das raízes apresenta duração de 60 dias, podendo chegar até a 80. Esse fato possibilita a presença de três gerações da praga a cada safra da cana. Durante esse período, a fêmea gera, em média, 340 ovos sobre o colmo da planta.

A primeira geração de ninfas é pequena em decorrência da diapausa dos ovos, porém, com capacidade suficiente para se desenvolver até a fase adulta, quando então se inicia a postura da segunda geração, que geralmente ocorre entre dezembro e janeiro. Nesta fase, a ocorrência da praga se manifesta de forma mais intensa, pois, a umidade e o fotoperíodo são maiores.

Com isso, é importante realizar o monitoramento constante das lavouras para iniciar o manejo logo nos primeiros ciclos da praga. Tradicionalmente, recomenda-se o controle da Mahanarva fimbriolata quando forem encontradas populações superiores a 3 ninfas por metro.

Dicas para o manejo da cigarrinha-das-raízes
(Mahanarva fimbriolata)

  • Monitoramento:

A Mahanarva fimbriolata tem sua população elevada em períodos mais úmidos do ano. Sendo assim, o clima é um dos fatores que exercem grande influência na dinâmica populacional da praga, por isso, o monitoramento é um fator importante para colocar em prática uma estratégia de manejo eficiente da cigarrinha das raízes.

Recomenda-se que a amostragem seja feita de 20 a 30 dias após as primeiras chuvas, mantendo a periodicidade quinzenal. O parâmetro utilizado deve ser feito contabilizando a presença de ninfas nas áreas. Sendo assim, deve-se selecionar cinco pontos por hectare na lavoura e cada ponto representará 1 metro linear.

O nível de dano econômico (NDE) da cigarrinha gira em torno de 10 a 15 ninfas/metro linear de sulco e 1 adulto/cana. Já o nível de controle (NC) é de 2 a 4 ninfas/metro linear e 0,5 a 0,75 adulto/cana.

  • Rotacionar mecanismos de ação:

A rotação de diferentes mecanismos de ação é uma pratica que ajuda a evitar o surgimento de populações de cigarrinhas resistentes aos ativos disponíveis no mercado.

    • Controle químico: 

    Em áreas cuja colheita foi realizada entre junho e setembro, recomenda-se iniciar o manejo químico em canaviais que apresentam infestação acima de 3 ninfas por metro. O uso de inseticidas é fundamental para o controle das primeiras gerações da praga de modo a evitar o aumento populacional.

    Nesse sentido, a Ourofino Agrociência apresenta em seu portfólio o DiamanteBR ®, um inseticida sistêmico que pode ser utilizado no controle da cigarrinha-das-raízes com aplicação em jato dirigido na soqueira da cana, após a colheita da cana crua.

    •  Controle cultural:

    Um dos principais fatores que propiciaram o crescimento populacional da praga nos últimos anos foi a migração da colheita manual para a mecanizada, o que ajuda a manter a umidade e favorece o incremento populacional da Mahanarva fimbriolata. Por isso, o afastamento de forma mecânica da palha na linha do cultivo ajuda a reduzir a formação do microclima favorável para a proliferação da praga.

    Produto para controle da cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata) 

    DiamanteBR ®

    Culturas:
    Cana-de-açúcar |
    Ingredientes Ativos:
    Imidacloprido 480 g/L

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