Percevejo-marrom

(Diceraeus furcatus) e (Diceraeus melacanthus)

O percevejo barriga verde é um inseto sugador com enorme potencial de dano, em especial às lavouras de milho, trigo e sorgo. Essa praga ganhou maior importância com o aumento da área de milho na segunda safra. As duas principais espécies de percevejos do gênero Diceraeus spp. que causam danos na cultura do milho são a furcatus e a melacanthus.

A primeira espécie (Diceraeus furcatus) atinge, principalmente, a região do cerrado e a segunda (Diceraeus melacanthus) é identificada com mais frequência na região sul do Brasil. O nome, barriga verde, é derivado da principal característica desse inseto: o abdômen que possui cor verde e no seu dorso o marrom e o verde se mesclam para completar as cores.

Recentemente, os nomes científicos Dichelops furcatus e Dichelops melacanthus foram reclassificados, respectivamente, para Diceraeus furcatus e Diceraeus melacanthus.

Nomes científicos: Diceraeus furcatus e Diceraeus melacanthus

Nome popular: percevejo-barriga-verde

Danos: os insetos adultos introduzem o estilete na planta para se alimentarem, os danos são redução de produtividade e transmissão de doenças.

Percevejo barriga verde Diceraes melacanthus

Foto: Julia Siqueira/Ourofino Agrociência

Principais culturas do percevejo-barriga-verde
(Diceraeus furcatus) e (Diceraeus melacanthus)

Trigo

Milho

Principais características e potencial de dano do percevejo-barriga-verde

Os percevejos do gênero Diceraeus spp. estão presentes em todo o território, porém, a espécie furcatus é encontrada com mais frequência em regiões temperadas e a espécie melacanthus é mais comum em regiões quentes.

Os ovos do percevejo barriga verde apresentam coloração  verde clara logo após a postura e, à medida que maturam, vão escurecendo. As ninfas são de coloração castanho-escuro e nos últimos instares apresentam tecas alares esverdeadas e coloração do corpo castanho-esverdeada.

Os insetos adultos de ambas as espécies possuem a face dorsal marrom, a face ventral verde e a cabeça um pronoto estendido. É importante destacar que há algumas características que diferem as espécies. O D. furcatus, por exemplo, possui cerca de 10 mm e com pronoto prolongado, em formato de espinhos na mesma cor do dorso. Já o D. melacanthus é relativamente menor, possui 7 mm e os seus espinhos no pronoto são mais pontiagudos e com cores mais escuras do que o seu corpo.

O potencial de dano de ambas as espécies é muito expressivo, principalmente na cultura do milho. Os insetos adultos e ninfas se alimentam nos horários de temperaturas mais amenas na base das plântulas. Além disso, essas pragas injetam toxinas no tecido da planta que podem provocar alterações fisiológicas. Em casos mais severos, estas plantas podem morrer com os ataques do percevejo barriga-verde.

Ciclo de vida do percevejo-barriga-verde

As fêmeas depositam os ovos sobre as folhas de plantas hospedeiras, entretanto, isso também possa ser feito na palha de cultivos de coberturas oriundas do plantio direto. O percevejo barriga verde da espécie D. melacanthus leva, aproximadamente, 27 dias para completar o ciclo de ovo a adulto, sendo o período da ninfa composto por cinco instares. A divisão ocorre da seguinte maneira: 4,4 dias de incubação, 3,2 dias do 1º instar, 4,8 dias do 2º instar, 3,6 dias do 3º instar, 4,1 dias do 4º instar e 6 dias do 5º instar até chegar a fase adulto.

Como realizar o manejo do percevejo-barriga-verde?

  • Monitoramento:

Os primeiros ataques do percevejo barriga verde na cultura do milho podem ocorrem 15 dias após a germinação, o que os torna uma importante praga inicial dessa cultura. Dessa maneira, o produtor deve levar em consideração alguns indicadores para o monitoramento da população, são eles: 1 percevejo vivo para cada 10 plantas amostradas na linha em sequência demonstra a necessidade de efetuar o controle químico. Recomenda-se realizar uma reavaliação da área após 5 a 7 dias, caso o resultado da amostragem se repita, deve-se realizar a aplicação novamente. Em casos de excesso de chuva, o agricultor deve redobrar a atenção nos primeiros dez dias após a emergência da cultura.

  • Manejo antecipado:

O percevejo barriga verde apresenta enorme potencial de dano à cultura do milho, por isso, recomenda-se realizar o manejo antes de a praga atingir o pico populacional. Dessa maneira, o manejo preventivo do percevejo pode ter início ainda no ciclo da soja. Além disso, é importante realizar a dessecação antecipada da área com o objetivo de eliminar as plantas hospedeiras, evitando disseminação da população de percevejos até a emergência do milho.

 

  • Tratamento de sementes:

O tratamento de sementes é uma ferramenta que, quando bem planejada e dentro do histórico e do monitoramento da área, ajuda o manejo de pragas que atacam a cultura no início do cultivo e ao longo do desenvolvimento da planta. No caso do percevejo barriga verde, os produtos do grupo dos neonicotinóides podem ser utilizados como uma ferramenta para o manejo dessa praga. Nesse sentido, a Ourofino Agrociência apresenta em seu portfólio o ÍmparBR, um inseticida seletivo, com ação de choque e excelente residual que proporciona proteção e segurança no desenvolvimento inicial da cultura.

  • Conheça o ÍmparBR ®

ÍmparBR ® é o inseticida da Ourofino Agrociência para a proteção inicial dos cultivos. ÍmparBR ® é um produto altamente sistêmico, com excelente controle de sugadores e pragas do solo nas culturas de arroz, milho e trigo. Inseticida seletivo, com ação de choque e excelente residual. Após ser absorvido, ÍmparBR ® se distribui rapidamente pelos tecidos da planta, após a germinação, conferindo proteção prolongada contra ataque de pragas.

Inseticidas para o controle de percevejo-barriga-verde

ÍmparBR ®

Culturas:
Amendoim |Arroz |Milho |Soja |Sorgo |Trigo |
Ingredientes Ativos:
Tiametoxan 350 FS

Vivantha ®

Culturas:
Abacaxi |Algodão |Arroz |Batata |Café |Cana-de-açúcar |Eucalipto |Feijão |Fumo |Milho |Soja |Trigo |
Ingredientes Ativos:
Tiametoxan 500 g i. a./kg