O manejo antecipado, também conhecido por manejo outonal, é uma das principais alternativas para o controle de plantas daninhas entre as safras.
Neste sentido, é importante utilizar as estratégias corretas para realizar o manejo antecipado de forma ideal.
Convidamos Autieres Teixeira Faria, pesquisador e consultor da Lucrativa Consultoria para bater um papo com o Fala, Agro! sobre as melhores estratégias para a realização do método. Acompanhe abaixo os principais pontos.
Os desafios atuais e a importância do manejo
O cenário agrícola está passando por mudanças significativas, com plantas daninhas resistentes representando um desafio crescente. Como ressalta Teixeira: “As plantas daninhas resistentes exigem uma revisão completa das nossas estratégias de controle.”
O manejo antecipado ou outonal surge como uma solução viável, respondendo a essas novas demandas e redefinindo o modo como enfrentamos esse desafio.
Como enfatiza Autieres Teixeira: “O manejo antecipado oferece uma oportunidade única de agir proativamente contra as plantas daninhas resistentes.”
Ao adotar práticas de manejo mais cedo, os produtores podem responder de forma mais eficaz aos desafios e minimizar os impactos negativos na produtividade.
Manejo antecipado é estratégia
A escolha do momento certo é crucial para o sucesso do manejo antecipado. De acordo com Autieres, a indústria já avançou muito em relação às melhores alternativas e momentos de ação.
“Hoje, há trabalhos desenvolvidos para o melhor controle de diversas plantas daninhas, como o capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) e buva (Conyza bonariensis)”, comenta o especialista.
E complementa: “No geral, a estratégia consiste em uma aplicação de produto sistêmico, seguido de um sequencial e após a utilização de um herbicida pré-emergente.”
Essa abordagem permite que os produtores maximizem a eficácia das práticas de manejo, preparando o terreno para uma safra mais bem-sucedida.
Manejo de plantas daninhas no pousio
Autieres Teixeira argumenta que o conceito de pousio – período sem semeadura – já não se alinha com as estratégias modernas. Como destaca Teixeira: “O pousio representa perdas significativas em um sistema de produção já complexo.”
Para driblar as perdas, ele propõe a aplicação de produtos sistêmicos e de contato durante as janelas de chuva, otimizando a preparação da área para a próxima safra.
Novo herbicida: Terrad’or
Autieres comenta que o mercado vem sentindo a necessidade de novas moléculas para manter os níveis de controle de plantas daninhas.
Neste sentido, o consultor comenta que foi uma grata experiência ter realizado estudos de eficácia do Terrad’or. O novo herbicida da Ourofino Agrociêcia possui uma molécula inédita e exclusiva no Brasil.
“Ele encaixou muito bem em nossos manejos, acelerando a dessecação e reduzindo os custos de manejo”, enfatiza Autieres.
Pilares do Manejo Integrado de Plantas Daninhas
Conhecer sua produção
O especialista comenta que, antes de agir para controlar as plantas daninhas, é necessário conhecer o que ele produz em sua propriedade.
Neste sentido, não é apenas saber qual cultura é plantada, mas também a variedade do cultivar utilizado e suas principais características.
Saber sobre os produtos
O consultor Autieres Teixeira comenta que é extremamente importante que o produtor conheça os produtos que utiliza em sua propriedade.
Isso porque cada molécula possui um modo de ação diferente e deve ser utilizado de forma distinta. Assim, a máxima eficácia certamente será atingida.
Tecnologia de aplicação
Outro ponto destacado é o conhecimento das tecnologias de aplicação. “É importante se atentar a forma que está se aplicando as moléculas no alvo”, comenta.
Este é um pilar essencial do Manejo Integrado de Plantas Daninhas e afeta diretamente os custos de produção.
Planejamento
É extremamente importante agir de forma planejada. Assim, evita-se gastos desnecessários e preserva o meio ambiente. Além disso, o espeicialista destaca a função das novas moléculas.
“As novas moléculas trazem muita segurança para nós, pois passam por rigorosos processos para sua aprovação.”
Palavra do especialista
“E importante sempre trabalhar da forma mais técnica possível. Assim, a máxima produtividade será extraída da lavoura.”
Autieres Teixeira Faria, pesquisador e Consultor da Lucrativa Consultoria.
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