Capim-amargoso
(Digitaria insularis)
O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma espécie herbácea, perene, com 50 a 100 cm de altura em média, altamente competitiva e nativa do continente americano. Outra característica que essa planta possui é a possibilidade de desenvolvimento ao longo do ano inteiro nas diferentes condições climáticas. Ou seja, por essas características, a Digitaria insularis é considerada uma planta daninha de difícil controle nas diferentes lavouras no Brasil.
Ficha Técnica
Nome científico: Digitaria insularis
Nome popular: Capim-amargoso
Desenvolvimento
O capim-amargoso tem grande viabilidade de germinação e de fácil dispersão de sementes, que podem ser espalhadas pelos implementos agrícolas, colhedoras e até pelo vento. Além disso, as sementes do capim-amargoso têm baixos níveis de dormência durante o ano todo, o que facilita a germinação e disseminação desta espécie, aumentando, assim, os níveis de infestação nas diferentes regiões agrícolas. Isso significa que, uma vez perenizada, essa planta daninha forma touceiras e pode propagar-se por meio de seus rizomas, caracterizando este estádio fenológico como de difícil controle, sendo muitas vezes, necessário a implementação de manejos específicos com aplicações sequenciais de diferentes herbicidas.
Culturas com infestações frequentes de capim-amargoso
O capim-amargoso infesta principalmente as culturas de soja, milho e algodão. Há casos em que as perdas de produção chegam até 80% e, por isso, é extremamente importante o manejo correto dessa planta daninha.
O que fazer para controlar o capim-amargoso?
O capim-amargoso é uma das plantas daninhas mais difíceis de se controlar. Porém, um ponto importante é que em algumas regiões já se tem plantas de capim-amargoso resistentes ao herbicida glifosato e alguns graminicidas. Por isso, o monitoramento do capim-amargoso deve ser constante. Para auxiliar no manejo, o produtor pode adotar diferentes estratégias desde aplicações sequenciais com herbicidas pós-emergentes no manejo pré-plantio até herbicidas pré-emergentes com diferentes mecanismos de ação, bem como o uso de herbicidas pós-emergentes após o plantio das culturas, que podem ser fundamentais para o manejo de resistência.
Manejo de resistência
As plantas daninhas resistentes ao glifosato ainda são um dos principais obstáculos para alcançar a máxima produtividade das culturas em todo o Brasil.
O impacto negativo atinge principalmente as culturas de soja, milho e algodão. Há casos em que as perdas chegam a 80% da plantação e, por isso, é extremamente importante o manejo correto dessas plantas.
Entretanto, o monitoramento das plantas daninhas resistentes nas lavouras e a adoção de herbicidas pré-emergentes com diferentes mecanismos de ação, associados ou em aplicações sequenciais, bem como o uso de herbicidas pós-emergentes, são fundamentais para o manejo de resistência e asseguram bons níveis de produtividade. Essa resistência, a exemplo do glifosato, pode ser adquirida com uso ininterrupto de um mesmo herbicida ou pela repetição de produtos com o mesmo mecanismo de ação.
Nas principais regiões produtoras, as plantas daninhas que mais causam problemas são a buva (Conyza sp), capim-amargoso (Digitaria insularis), capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), azevém (Lolium multiflorum) e caruru (Amaranthus sp). O ideal é não deixar a planta daninha crescer junto com a cultura, ou seja, sempre plantar no limpo.
Os problemas de plantas daninhas não são resolvidos de um ano para o outro. O trabalho precisa ser contínuo e é imprescindível o acompanhamento de um profissional que indique a melhor ferramenta para o controle das plantas, entre elas: herbicidas pré e pós-emergentes, manejo cultural e controle físico.
Principais culturas – Capim-amargoso (Digitaria insularis)
Herbicidas da Ourofino para o controle do capim-amargoso
Brucia ®
Culturas:
Milho |
Ingredientes Ativos:
tolpiralate
ConfianteBR ®
Culturas:
Café |Citrus |
Ingredientes Ativos:
tiafenacil
Diox ®
Culturas:
Algodão |Café |Cana-de-açúcar |
Ingredientes Ativos:
Diurom 500 g/L
DistintoBR ®
Culturas:
Algodão |Batata |Cana-de-açúcar |Eucalipto |
Ingredientes Ativos:
Isoxaflutole 750 g/kg
Inédito ®
Culturas:
Algodão |Milho |Soja |
Ingredientes Ativos:
glufosinato + carfentrazone
Kaivana 360 ® CS
Culturas:
Algodão |Arroz |Cana-de-açúcar |Fumo |Mandioca |Soja |
Ingredientes Ativos:
Clomazone 360 g/L
Off Road ®
Culturas:
Algodão |Banana |Batata |Café |Cana-de-açúcar |Citrus |Eucalipto |Feijão |Milho |Soja |Trigo |
Ingredientes Ativos:
Glufosinato-sal de amônio
Sensus ®
Culturas:
Soja |
Ingredientes Ativos:
sulfentrazone + clomazone
Terrad’or ®
Culturas:
Milho |Soja |
Ingredientes Ativos:
tiafenacil 339 g/L
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Fontes
Controle de capim-amargoso com diferentes misturas
Manejo de capim-amargoso (Digitaria insularis) em áreas com e sem gradagem
Crescimento do capim-amargoso com a alternância de temperatura: 35ºc diurna e 20ºc noturna
Problemática do capim-amargoso (Digitaria insularis) resistente ao herbicida glyphosate
LORENZI, H. Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. 4ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 2008.
LORENZI, H et al. Manual de Identificação e Controle de Plantas Daninhas. 7ª Edição. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 2014.