Especialista orienta sobre o manejo das principais pragas da cultura do trigo e os potenciais de danos
As pragas do trigo podem causar prejuízos expressivos para a cultura, tendo em vista os preços de venda estarem em bons patamares. Dessa forma, é importante saber reconhecer e realizar o manejo adequado para cada praga da cultura. Assim, você, produtor de trigo, poderá evitar grandes perdas em um momento tão vantajoso.
Para falar sobre este assunto, convidamos Juliano Farias, professor da Universidade Regional Integrada (URI), para o “Fala, Agro!”, podcast da Ourofino Agrociência. Percevejos, pulgões e coró são os grandes vilões para a cultura.
Principais pragas do trigo
De acordo com o especialista, o ranking das principais pragas sofreu alterações. No passado, o coró (Phyllophaga triticophaga) era a principal preocupação, seguido dos pulgões e o percevejo-barriga-verde (D. melacanthus e D. furcatus).
Porém, Juliano destaca que este cenário mudou: “Atualmente os corós perderam a importância principalmente pela adoção do tratamento de sementes e os percevejos passaram a ser mais perigosos para o trigo.”
As lagartas, por sua vez, alternam sua importância ao longo do tempo. Segundo o professor, a Spodoptera Frugiperda surge com mais frequência em anos mais quentes. Além disso, a lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax) é outra praga que pode causar prejuízos para os triticultores.
Quais são as principais pragas?
- Percevejo-barriga-verde (D. melacanthus e D. furcatus)
- Coró (Phyllophaga triticophaga)
- Pulgões
- Spodoptera Frugiperda
- Lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax)
Como identificar as pragas do trigo
Juliano Farias orienta que a principal forma de identificação dos corós é através da morte de plantas. “A partir disso, o triticultor deve abrir trincheiras onde encontrará as raízes consumidas.”
De acordo com o professor, os pulgões podem ser encontrados no início e também no final da cultura, geralmente na região das folhas. No início, os sintomas do nanismo amarelo, mais conhecido como VNAC, podem ser percebidos. Com a transmissão da doença, o produtor pode perceber a mudança da coloração das plantas. Ou seja, o trigo tende a possuir tons amarelados.
Já a principal característica para identificar a presença dos percevejos são as pontuações sequenciais que aparecem nas folhas na fase inicial. No final da cultura, os prejuízos podem ser ainda maiores com a morte das espigas.
As lagartas do trigo e a Spodoptera Frugiperda podem ser identificadas de formas diferentes. A primeira, possui maior atividade em períodos noturnos, horário diferente de quando é realizado o monitoramento. Dessa forma, o principal método de identificação é através do ataque, a qual se alimenta cortando as espigas do trigo. Já a Spodoptera Frugiperda, a principal característica de ataque é a desfolha das plantas de trigo.
Potenciais de danos
Segundo o professor da URI, os maiores danos podem ser causados pelos pulgões transmissores de viroses, como o VNAC. “As perdas podem chegar até 50%, pois as viroses podem impactar negativamente na cultura do trigo”, complementa.
Por outro lado, em casos em que não há a transmissão de doença, as perdas chegam, no máximo, até 10%, tanto para pulgões como para percevejos.
Porém, por mais que sejam porcentagens baixas, o professor comenta que, se levado em consideração os bons valores da cultura, as perdas de faturamento podem ser significativas.
Estratégias de manejo para as pragas do trigo na fase inicial
Segundo Juliano Farias, o controle preventivo é mais utilizado para tratamento de doenças. Isso porque, quando os sintomas aparecem, são reflexos da doença em estágio avançado.
No caso das pragas do trigo, o controle preventivo se dá pelo tratamento de sementes. Sobre este ponto, o professor recomenda a realização. “Hoje, tratar as sementes de trigo é praticamente uma obrigação, pois há momentos em que não é possível remediar”
Neste sentido, o tratamento de sementes com inseticidas busca contribuir, principalmente, para o controle dos pulgões que são capazes de transmitir viroses.
“Vejo como obrigatório o tratamento de sementes com foco em insetos sugadores, principalmente pulgões. Inclusive, em regiões mais quentes, a medida busca contribuir também para o controle de percevejos”, comenta o professor.
Segundo o professor Juliano Farias, são quatro os principais grupos químicos para realizar a medida. Para o trigo, produtos à base de neonicotinoides são os mais indicados. “Estes inseticidas são voltados para o controle de insetos sugadores.”
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A importância do MIP na cultura do trigo
Assim como em diversas culturas, o Manejo Integrado de Pragas também deve ser levado em consideração para o controle de pragas no trigo. Segundo o professor Juliano Farias, uma das medidas que pode ser realizada é a dessecação antecipada para o controle de lagartas em fase inicial.
Outra forma é o tratamento de sementes, como comentado anteriormente. Além disso, o monitoramento deve ser realizado constantemente para identificar a presença de pulgões e percevejos e agir no momento certo. “Havendo três aplicações, a rotação dos grupos químicos deve ser realizada para que não haja a evolução da resistência”, complementa o professor.
Previsões para 2022
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Produção: 8.351 mil toneladas
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Produtividade: 2.893 kg/ha
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Área: 2.886 mil ha
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Consumo interno: 12.769 mil t
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Fonte: Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
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