Soja: nova safra deve ser planejada do começo ao fim para contornar desafios do La Niña

Segundo o especialista Lenisson Carvalho, da Ourofino Agrociência, clima seco causado pelo La Niña agrava o controle de lagartas e plantas daninhas

Aumento das áreas plantadas, expectativa de permanência da valorização das commodities, além de projeções positivas para o volume total plantado no Brasil dão um tom positivo para a atividade agrícola da nova safra de 2021/22 de grãos, segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab. No entanto, a entidade ressalta um fator de alerta para a safra que se inicia agora: o clima. Ainda sob o efeito La Niña, presente na temporada anterior, deve contar com períodos de estiagem, que impactam nos resultados da produção. Assim, a primeira orientação é planejar a safra e escolher boas ferramentas.

Nesse sentido, ainda que o fator climático sempre guarde alguma incerteza, há condutas a serem adotadas desde já. Segundo Lenisson Carvalho, gerente de marketing grandes culturas da Ourofino Agrociência, nas condições esperadas, ganham força as pragas, como as lagartas. Em especial, estão aquelas de alto potencial de dano, a exemplo das espécies Helicoverpa armígera e Spodopteras sp., entre outras.

Para os agricultores de soja, e também de milho, café e tomate, o ingrediente ativo ciclaniliprole, molécula recém-lançada no Brasil pela Ourofino Agrociência, do grupo químico das diamidas, é uma das soluções recomendadas. O Goemon, nome dado à nova solução, controla as principais lagartas das culturas a que se destina, diminuindo a resistência e conferindo maior eficácia.

Em segundo lugar, ainda no portfólio da companhia, o defensivo Unânime é mais uma ferramenta de controle indicada pelo especialista. O inseticida atua como inibidor do crescimento dos insetos e é registrado para os cultivos de soja, milho, feijão, algodão e arroz. De acordo com o especialista: “A solução permite melhor período de controle devido ao seu efeito residual no manejo dos insetos.”

No entanto, as pragas não desafiam o agricultor brasileiro de forma isolada. O clima seco, influenciado pelo La Niña, dificulta também o controle das plantas daninhas. Consequentemente, o manejo torna-se mais trabalhoso. “Devido às plantas virem de um período de estresse hídrico, a absorção e translocação para os herbicidas geralmente não acontecem da maneira ideal”, explica Carvalho. Nessas condições, uma das dicas do especialista é procurar por defensivos que tragam novas tecnologias, tal como o Kaivana 360 CS.

Desenvolvido após anos de pesquisa, a formulação foi reimaginada para as especificidades da agricultura tropical. Como uma das vantagens, traz o ativo clomazone microencapsulado, que promove a liberação gradativa do ativo no alvo biológico, “trazendo consistência nos resultados e segurança no manejo de plantas daninhas”, pontua Carvalho. Como resultado, a deriva é reduzida, bem como o risco de fitotoxicidade. Outro ponto positivo, que ajuda no enfrentamento aos desafios esperados para a próxima safra, é o fato de o Kaivana ser dotado de um complexo sistema de agentes fotoprotetores e tensoativos exclusivos, garantindo eficiência até mesmo diante das adversidades.

Além disso, um segundo aliado ao produtor na atual conjuntura, e para suprir as necessidades da safra porvir, é o Off Road, um produto à base de glufosinato-sal de amônio. Esse ativo, inclusive, pode ser adotado como um substituto ao tradicional glifosato. A solução auxilia o controle em pós-emergência das plantas daninhas, de acordo com as recomendações de Carvalho. “Essa solução pode ser aplicada na dessecação e em pós-emergência das culturas geneticamente modificadas para suportar a aplicação direta do ativo.”

Para resumir, destaca o gerente de grandes culturas da Ourofino Agrociência, “o ideal é fazer um bom planejamento de plantio, escolher bem os cultivares e realizar o planejamento dos tratos culturais e da previsão de colheita, pensando na safra e na safrinha nas regiões em que são possíveis”.