Minas de Ouro: conheça a história de Mônika Bergamaschi

por | mar 30, 2022 | Canal Digital, Minas de Ouro | 0 Comentários

Mônika conquistou seu espaço e quebrou barreiras sendo a primeira e única mulher a ocupar a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo

  ** Data da publicação: 31/03/2022

Para encerrar o mês da mulher e, consequentemente a intensificação da campanha Minas de Ouro, convidamos Mônika Bergamaschi, presidente do conselho diretor da Abag/RP (Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto) e do Ibisa (Instituto Brasileiro para Inovação e Sustentabilidade do Agronegócio).

A engenheira agrônoma é formada pela Unesp, Universidade Estadual Paulista, de Jaboticabal em 1992. Além disso, é mestre em engenharia de produção agroindustrial pela UFSCar – Universidade de São Carlos e possui MBA em gestão de empresas pela USP, Universidade de São Paulo, de Ribeirão Preto/Mônika conta que sua ligação com o agro vem de família. Todos próximos a ela são muito ligados à natureza, mas a executiva, dentre tantos médicos, professores e engenheiros do seu núcleo, foi a primeira que seguiu a carreira de ciências agrárias.

Criação da Abag/RP

Mônika passou por alguns setores, mas sempre ligados à área econômica do agronegócio. Logo no início, trabalhou em um banco, como analista de crédito rural. E assim seguiu até meados de 1996, quando recebeu um convite do seu ex-professor e ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues: entrar para a Abag.

“Ele me apresentou o trabalho de cooperativas, associações e a experiência dele pelo mundo. Aquilo me chamou muito a atenção”, comenta a diretora.

Após aceitar o convite do ministro, Monika passou a atuar na Abag até 2000, quando decidiu trazer o trabalho da associação para a região de Ribeirão Preto.

Com a recém-criação da Agrishow e junto com um grupo de empresários, a ideia começou a sair do papel. “Eles diziam: ‘nós precisamos trabalhar a imagem [do agro]. Façam o que acharem melhor.’”

A partir disso, seguindo a recomendação de Roberto Rodrigues de usar a educação como ferramenta de valorização do agro, a Abag/RP começou a dar seus primeiros passos. “De início montamos o Programa Educacional Agronegócio na Escola, que está fazendo 21 anos.”

Monika conta que, pelo projeto, já passaram cerca de três mil professores e trezentos mil alunos. “Estamos fazendo esse trabalho de capacitação, trazendo a escola para a realidade do agronegócio para que eles possam conhecer o setor”, complementa.

Este é só um dos programas desenvolvidos pela associação. Ao longo de mais de 20 anos, vários outros foram criados e são mantidos até hoje, sempre focados no desenvolvimento da imagem do agronegócio para a sociedade.

Convite para a secretaria da agricultura

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Fotos: Gilberto Marques/Governo do Estado de SP

Todo o trabalho da instituição gerou frutos e ocasionou um novo marco na carreira da agrônoma. Em 2011, com a recente assunção do governador Geraldo Alckimin, veio o convite para o cargo de Secretária da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

“Em junho de 2011 eu resolvi aceitar o convite e fiquei até dezembro de 2014, praticamente todo o mandato do governador como secretária da agricultura”, conta.

O convite, por si só já seria uma grande conquista. Porém, um ponto que merece destaque é que Mônika Bergamaschi foi a primeira mulher no comando da pasta no governo estadual e a única até hoje.

E isso, segundo a diretora, trouxe um significado muito positivo para as mulheres. “Elas se sentiam, pela primeira vez, representadas.”

Mesmo após todas as conquistas, Mônika conta que ainda se sente motivada a trabalhar com a agricultura pelo potencial do setor. Em tempo, ela destaca que a possibilidade de melhoria contínua do setor contribui para isso.

A força da mulher

Com relação a presença feminina no mercado agrícola, a engenheira conta que é possível perceber o crescimento da participação. Durante sua graduação, cerca de 10% da sala era composta por mulheres e isso se refletia no mercado de trabalho. Hoje, isso vem mudando gradualmente e aponta um motivo: “a mulher está percebendo que ela é capaz de ocupar esse espaço e tem se preparado melhor.”

Mas ainda não é o cenário ideal. Mônika, que foi listada entre as 100 mulheres mais poderosas do agro em 2021 pela revista Forbes, conta que ainda hoje a mulher precisa provar suas qualidades no mercado. Portanto, ela deixa um recado para a força feminina do agro.

“Está mais do que provado que a mulher pode ocupar o espaço que ela quiser. Portanto, se prepare e vá a luta.”

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Conheça o Minas de Ouro

A campanha Minas de Ouro é uma criação da Ourofino Agrociência que tem como principal meta valorizar e dar holofotes ao trabalho da mulher em prol da agricultura brasileira.

Para isso, convidamos mulheres das mais diversas áreas do agro, que trazem o seu ponto de vista, as possibilidades do mercado e os desafios que ainda são necessários superar.

A marca “Minas de Ouro” foi criada com base em dois significados principais. O primeiro, “Minas”, se refere às mulheres, no sentido informal da palavra, também ao estado de criação dos fundadores e onde está localizada a fábrica da Ourofino, Minas Gerais. “Ouro” se baseia no minério precioso. Portanto, no resultado final, o nome “Minas de Ouro” se traduz sobre a preciosidade da mulher da agricultura brasileira.

Durante todo o ano, outras histórias serão contadas aqui no Canal Digital da Ourofino Agrociência. Em breve chegará mais um episódio. Fique atento.

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